sábado, 16 de maio de 2015

Mapa representativo do nível de abrangência da bacia do rio Goiana e seu principais afluentes.


O professor Dr. Jorge José Araújo da Silva, Licenciado em geografia pela Universidade Católica de Pernambuco, Mestre em geografia (geografia humana) pela Universidade de São Paulo, Doutor em geografia (geografia física) pela Universidade de São Paulo e atual Coordenador do projeto de pesquisa intitulado HIDROCAMPUS: Estudo Socioambiental em Bacias Hidrográficas deixa suas considerações a respeito da nascente do rio Tracunhaém, realizada numa visita a campo no dia 12 de abril de 2015, junto com os integrantes do projeto de pesquisa.


Descrição da paisagem: Nascente do rio Tracunhaém.

A nascente do Rio Tracunhaém está situada na Serra do Orodongo, no limite intermunipal de Orobó e Umbuzeiro, sendo o primeiro no Agreste setentrional pernambucano e o segundo na porção meridional do estado da Paraíba, também nessa mesma zona de transição. A localização é dada pelas coordenadas geográficas seguintes:
Latitude sul 07°42’45” / Longitude oeste 35°39’44”
O acesso se dá pela PE-88, principal via de ligação entre os municípios acima citados.
O relevo coomprende a formação de serras inseridas no domínio do planalto da Borborema com altimetria máxima entre 550 e 600 metros de altitude e apresenta uma declividade muito íngreme no sentido norte, em uma fase forte ondulado, sendo significante no processo de escoamento superficial. A direção do vento é de leste/oeste, já a curvatura é convergente na porção de barlavento, onde está situada a nascente. É aparente fortes processos erosivos com formação de voçoroca com 10 metros de profundidade em média, por largura de 4 metros aproximadamente, este processo erosivo é admitido por conta da textura areno-argilosa do solo, sendo liminar a estrutura deste, com presença de rochas cristalinas e sedimentar. A cobertura orgânica  (horizonte A), pouco desenvolvida devido o processo de lixiviação desencandeado pelo escoamento superficial.
É identificado uma cobertura vegetal secundária com sub-dorcel de formação arbóreo e arbustivo, formação típica da área de transição, sendo predominante arbustiva, justificada por está na área barlavento.
O recorte em descrição apresenta atividades agropecuárias, sendo a pecuária extensiva e a agricultura rústica, ocupando a porção superior da serra, estando ligado ao desmatamento e práticas de queimadas. Porém, considerável porção da cobertura vegetal é mantida pela importância hídrica no abastecimento da população local.

Referência usada na Descrição: CAVALCANTI, Lucas Costa de Souza. Cartografia de Paisagens: Fundamentos. São Paulo: Oficina de Texto, 2014.